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O Terapeuta Naturista Transpessoal

A formação de um Terapeuta deve ter por objetivo despertar, nas pessoas chamadas para essa missão, o verdadeiro desejo de servir e cuidar. Como diz Leonardo Boff, cuidar é mais do que um ato, é uma atitude. É essa atitude, ou postura interna, que caracteriza um Terapeuta Naturista Transpessoal.


Para quem não sabe, a abordagem Transpessoal é uma ciência psico-energética e espiritual, considerada hoje como herdeira de tradições e conhecimentos muito antigos de nossa civilização. Fundamenta-se em conteúdos de uma ciência ancestral que tinha por objetivo a integração de todas as dimensões do ser (corpo-mente-espírito), a expansão da consciência pessoal e da espiritualidade. A partir da década de 70 essa abordagem passou por uma formulação completamente nova, foi enriquecida com uma nova linguagem e fundamentada por descobertas científicas de ponta, como a física quântica, as neurociências, a teoria sistêmica, a morfogenética, a biopsicologia, entre outras.


Sua essência era -- e continua sendo, uma mensagem de elevação ética, moral e social; e sua metodologia, que nos tempos antigos fazia parte de estudos iniciáticos, gnósticos, esotéricos e espiritualistas, hoje tornou-se um método científico e transdisciplinar, constituindo um caminho de práticas, vivências e transformações profundas, ao alcance de todos.


Há muitos anos, vem a OMS (Organização Mundial de Saúde) convocando pessoas de várias profissões e formações a se tornarem ‘agentes de saúde’, pois o planeta inteiro está enfermo. E o sistema médico se encontra em crise. As especializações da medicina não permitem um olhar que integre o Ser por inteiro, em todas as suas necessidades e potencialidades, incluindo as espirituais, pois apenas têm olhos para o sintoma pelo qual a doença se manifesta. Suas intervenções são parciais e, naturalmente, o sintoma se desloca, novas doenças aparecem e o sofrimento continua.


Vivemos atualmente num mundo desencantado, onde os deuses foram substituídos por técnicas, nossos ferimentos por peças defeituosas no complexo maquinário de nosso corpo, nossa existência destituída de sua grandeza e sacralidade, limitada ao âmbito de nossa biografia pessoal.

Dentro de tal contexto tacanho, como penetrar no espírito de uma verdadeira prática terapêutica e perceber o alcance de uma integração de nossos corpos psico-energéticos e espirituais? Isto implicaria em renascer para uma nova visão de realidade e um novo paradigma. E, naturalmente, não é uma coisa fácil de se fazer. Um paradigma leva muito tempo para ser modificado.


Interessante observar um fenômeno que tem ocorrido em todo o mundo. Educadores, comerciantes, empresários, funcionários públicos, pais e mães, sacerdotes, pessoas de todas as áreas estão sentindo um chamado irrecusável para se tornar Terapeuta. Buscam cursos, técnicas e caminhos que possam introduzi-los no universo da Terapia Holística. E pouco a pouco vão se defrontando com a necessidade de rever antigos paradigmas, de um olhar interno para seus próprios preconceitos e idéias preconcebidas, e uma mudança radical de atitude perante a dor e o sofrimento do outro.


Por isso, o primeiro passo na formação de um Terapeuta Naturista Transpessoal é explicitar seus paradigmas pessoais:


 Será que tenho uma concepção de ser humano que inspire a saúde do corpo e da alma?

 Que antropologia está subjacente à minha prática, enquanto terapeuta?

 Tenho buscado ser coerente com os princípios holísticos e integrativos em minha prática terapêutica – ou estou repetindo a mesma postura de superioridade, indiferença e hierarquia de alguns profissionais da saúde?

 Estou a serviço de que projeto de ser humano, de sociedade e de mundo?


Assim se forma um Terapeuta - não pelo que sabe, mas pelo que é!


Autor

Mani Alvarez

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